Mas o que os santos dizem sobre isto?
Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um
grande acúmul o de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer
num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes
dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer
toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a
humanidade exista” (Diário, 926).
Santa Margarida Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de
carnaval, apre sentou-se-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce
Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue
adorável corria de toda parte, dizendo com voz doloro samente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de
mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no
lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?” (Escritos Espirituais).
São Vicente Ferrer dizia: “O carnaval é um tempo
infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à
rédea solta para a perdição”.
O Servo de Deus, João de Foligno, dava ao carnaval o nome de: “Colheita
do diabo”.
Santa Catarina de Sena, referindo-se ao carnaval, exclamava
entre soluços: “Oh! Que tempo diabólico!”
São Carlos Borromeu jamais podia compreender como os
cristãos podiam conservar este perniciosíssimo costume do paganismo.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja
propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua
dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos
unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o
consolemos com os nossos obséquios; porquanto os pecadores, nestes dias
mais do que
em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos
no Evangelho. Nestes
tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos,
trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o
entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às o
cultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição!
Eles os trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis
ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer, por um
divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua
Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele
nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas,
dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor!
Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos
não Vos são de novo infligidos nestes dias de
extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não
pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras
obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis, contra o Santo Nome
de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma
renovação da crucifixão do Filho de Deus. Ah! Nestes dias Jesus será
crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o
Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São
dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para
reparar tanto pecado...” (Carta 162).
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